Participação de Investigadora do CEDIS em palestra na Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro

Participação de Investigadora do CEDIS em palestra na Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro

Organizada conjuntamente pelas comissões OAB Mulher, de Direito de Família (CDF) e dos Direitos da Criança e Adolescente (CDCA), com o apoio do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFam), foi realizada nesta segunda-feira dia 4, a palestra Desafios para as famílias no Brasil e em Portugal, com a advogada portuguesa (e Investigadora do CEDIS) Sandra Inês Feitor e a advogada e mediadora do IBDFam Ana Gerbase. O evento, gratuito, foi transmitido pelo canal da OAB/RJ no YouTube.

A presidente da OAB Mulher, Marisa Gaudio, exaltou, na abertura, a reunião das comissões que promoveram a atividade. “O intuito de reunir as três comissões foi trazer uma abordagem do Direito brasileiro e uma análise comparada com o Direito português. É muito importante para nós da área de família entendermos a dinâmica desses temas também na perspectiva do Direito comparado. É importante pontuar que a alienação parental não é algo que atinge apenas o gênero feminino, mas a todos. Não podemos nos esquecer o melhor interesse da criança, constitucionalmente garantido”, afirmou.

Falando em seguida, o procurador-geral da Ordem e coordenador das comissões, Fábio Nogueira, representou o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz. “Esse evento é uma demonstração inequívoca do trabalho conjunto das comissões e com outras instituições, como o IBDFam. É importante discutir os problemas, mas também ter um olhar para o futuro, verificar de que maneira a Ordem pode se inserir nesses contextos para trazer melhorias para o advogado e para a sociedade”, ressaltou.

Segundo a integrante da CDCA Natalia Soares Franco, que representou a presidente da comissão, Silvana Moreira, a alienação parental é um tema bastante complexo, e ainda é “um grande desafio ver a alienação parental ser declarada” no cotidiano. “Às vezes temos indícios fortes da prática, mas falta muitas vezes coragem para declará-la, até por pena da mãe ou do pai. Mas é muito importante caminharmos nesse sentido. A prática de alienação parental se reflete na saúde física da criança, são doenças emocionais que se refletem no corpo”, alertou.

Para Feitor, falar de alienação parental é “falar de um conflito conjugal transformado em conflito parental”, que acaba sendo projetado para a criança. “É uma questão de conflito familiar, não de gênero. Nosso trabalho é ajudar as pessoas a gerir seus conflitos e sentimentos, para ressignificá-los, e arranjar uma forma de se mover para a frente. A alienação prática é caracterizada por uma retroalimentação de mágoas, de ressentimentos, questões não elaboradas que não permitem ao indivíduo se mover para a frente. Fica-se eternamente em uma judicialização da parentalidade, da infância da criança”, condenou a advogada portuguesa, que lançou na ocasião o livro Alienação parental sob a perspectiva do novo regime geral do processo tutelar cível.

 

Notícia retirada daqui: https://www.oabrj.org.br/noticia/110963-seccional-recebe-advogada-portuguesa-em-debate-sobre-alienacao-parental

 

Vídeo gravação do evento, parte 1 e parte 2.

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