No passado mês de abril, o CEDIS recebeu o consultor externo Professor Nuno Garoupa da Antonin Scalia Law School, George Manson University (EUA)
Aguardamos a próxima avaliação das Unidades de I&D, que prevemos vir a a ter início no mês de julho do presente ano civil. Com esta premissa em mente e tendo em conta o panorama nacional/internacional que se vive na investigação, tecnologia e inovação, perguntámos ao Professor Nuno Garoupa quais os principais desafios que o CEDIS vai encontrar no próximo ciclo de avaliação (2025-2029):
O CEDIS deve ter objetivos nacionais (reconhecimento como melhor centro nacional de investigação em Law and Society de forma abrangente) e internacionais (posicionamento como uma referência europeia em Law and Society, incluindo as novas áreas de empirical legal studies e law and technology).
Para enfrentarmos esses desafios com sucesso, alertou para a necessidade de termos estratégias de investigação bem definidas e coordenadas com a agenda de investigação da Universidade NOVA de Lisboa. Diversificar as fontes de capital físico, a alocação de talento e a capacidade de inovação. Esta última com especial enfoque nos desafios tecnológicos.
Ainda no que respeita os desafios que o CEDIS enfrentará no futuro, lembrou que a investigação depende de um forte investimento em capital humano e na qualidade da comunicação das atividades, outputs e outcomes.
Quando questionado acerca das características mais fortes do CEDIS:
O CEDIS tem já o capital humano, a trajetória, a ambição e o nível de internacionalização para consagrar uma agenda mais europeia e menos dependente dos inevitáveis ciclos nacionais, em especial da FCT. A transformação do CEDIS numa instituição europeia, sem perder o seu papel influente no panorama nacional, exige uma persistência e empenhamento que são já características da instituição.
Concluímos a entrevista a falar sobre o impacto, que é critério fundamental para a captação de financiamento. Na ótica do Professor Nuno Garoupa, o impacto do CEDIS mede-se com recurso às tradicionais métricas da investigação – publicações e citações. No entanto, hoje, o impacto também é compreendido como o efeito, mudança ou benefício para a sociedade, economia, política, etc. Ultrapassa o meio académico e, para o efeito, o CEDIS deve conseguir e estabelecer uma presença nas redes europeias e participar nas discussões jurídicas (a nível nacional, europeu e internacional). E deixou-nos uma última nota, sobre a qual iremos refletir:
As métricas quantitativas não são prioritárias, mas são inevitáveis. As métricas qualitativas são importantes, mas exigem sempre uma análise permanentemente critica e exigente.